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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Nos dias de hoje...


O que nos faz pensar que o futuro chegou? Máquinas incríveis? mega-construções? técnologia de ponta?Para saber que o "futuro" chegou não precisa analisar cada itém novo no mercado, porém o que ele traz para a sociedade. Hoje, dizer que algo é maravilhoso, é saber que o mesmo proporciona comodidade. Comodidade basicamente seria tudo que você quer e pode fazer, porém sem esforço para tal. Seja um robozinho que lhe sirva um café quentinho do jeito que você gosta, até mesmo máquinas que consigam fazer grandes tarefas e lhe traga lucro.

A busca incessante por novas descobertas, até então para o bem da humanidade, tem um propósito mais obscuro. Até por que hoje, o que podemos dizer sobre a verdade? E mais...como saber se é ou não verdade?
Podemos entender que algo criado ou descoberto, pode ter uma finalidade diferente das que nos é revelada. Para isso basta ver a maioria das invenções nas guerras que hoje nos são úteis em nosso dia-a-dia, seja no enlatado ao infra-vermelho.

Mas voltemos a falar da comodidade. A comodidade está basicamente relacionada ao poder econômico de cada cidadão. Se você tem dinheiro, compra o robozinho que te faz o café, se você não tem, vai ter que fazer você mesmo.Hoje o que o dinheiro pode comprar? Tudo! É verdade, compra tudo, porém não todos. Mas isso é outro assunto.

A famosa frase "...estou pagando..." vem nos mostrar que acima de tudo o sujeito compra o esforço físico que ele não quer fazer.Seja carregar uma mala em um hotel, ou um copo de água em algum estabelecimento. Ter comodidade é ter conforto sem esforço.Isso está intimamente atrelado ao poder. O poder tem um aspecto de suma importância na comodidade. O pode está intimamente ligado ao dinheiro. Ou seja: Comodidade=Dinheiro=Poder. Usando de um silogismo barato de minha parte, afirmo que comodidade é o nível socioeconômico de um sujeito.

Ora, a dinâmica do poder de uma pessoa perante a sociedade vai mais longe que a comodidade. sim está certo, afinal onde a poder há também níveis de intelectualidade, esperteza, sagacidade, influência política e pessoal diante da sociedade, entre outros pontos.

Junto com a nossa personagem principal, comodidade, podemos traçar certos aspectos generalizados em termos de caráter e personalidade. Há dois tipos de sujeitos ricos: o primeiro é aquele que vem de família tradicional, com "nome no mercado", "fama", e consequentemente dinheiro. O segundo tipo é aquele que é emergente, ou seja, era de classe média ou baixa, mas conseguiu enriquecer.

Vejamos o primeiro. Ele já vem desde pequeno sendo adestrado a ser um estereótipo daquela família, incluindo ai os pilares de personalidade e caráter. Quem lida com muita gente no seu dia-a-dia pode perceber, características como orgulho, arrogância, falta de modéstia, entre outros, que definem certo o sujeito que ele é, e mais, a família que ele representa.

Ao segundo temos uma mescla. Afinal ele veio de "baixo", detendo algumas características simples, as vezes até mesmo humilde, porém sua capacidade econômica, comodista e poderos, o faz conviver com aquele sujeito de cima, de família rica, e portanto adquire aspectos iguais, para fazer parte da camada social ao qual seu pode aquisitivo o permite.


O que podemos perceber é que a constituição de um sujeito está intimamente ligada ao seu poder econômico, pois é assim que a sociedade define. É mais ou menos como se o feitiço virasse contra o feitiçeiro.

Enfim para terminar meu pensamento, cheguei a uma conclusão no mínimo triste...o mundo tem sua sustentação no dinheiro. Sei que não são todos, mas podem ter certeza de que é a maioria.

Ja ouviu ditos como "amor não enche barriga"; "dinheiro não traz felicidade, manda buscar de limosine", entre outros?

Então, acho que o mundo precisa ser sacudido, acordado deste pesadelo chamado Moeda, para tentarmos viver apenas como seres habitantes de um planeta, tendo outros princípios, quem sabe de ajuda, carinho, amor ao próximo e não ao dinheiro.Quem sabe as famosas palavrinhas mágicas "por favor" não sejam ditas com levianidade, mas sim de coração, sem ser por comodismo ou preguiça. E quem sabe um dia, num mundo utópico como a lua Pandora (Avatar), os objetivos humanos sejam a intimidade com a natureza, com Gaia (Mãe natureza).Não sou contra técnologia em si, mas sim contra o que ela traz. Não sou contra o dinheiro, mas sim o que ele pode fazer com sua mente e com seu caráter.


Vamos refletir sobre este assunto dentro de nós mesmo e ver o que nós fazemos pela comodiade e dinheiro. E onde o nosso caráter está posicionado diante disto que vos falei.


Um abraço e nunca deixe de pensar!

3 comentários:

Gabriela disse...

Muito bom o texto. Realmente o mundo gira entorno do dinheiro. E ,não se pode negar , este traz muitos benefícios para o homem, dependendo de como e onde é empregado é claro.
Entretanto o dinheiro não possui um alcance totalmente universal, não compra caráter, não compra uma boa educação e muito menos não compra uma historia de vida feliz digna de ser contada e aplaudida.
Não se pode deixar ser "dominado" pelos "poderes" que o dinheiro gera, pois quando isso acontece a pessoa se torna arrogante, indiferente, estúpida e mal educada etc. Daí vem a pergunta: uma pessoa com tais adjetivos terá uma bela historia para ser ilustrada?!?!?!....NÃO
Pais que sabem educar e filhos com verdadeiras índoles não se deixam modificar por dinheiro, pelo contrario, estes seguem uma bela vida ,sabem como usufruir de tudo que o dinheiro traz , ajudam as pessoas e posteriormente são lembrados com dignidade.

Anônimo disse...

Grande Psi, parabéns pelo texto. Gostei muito dele, apesar de obviamente não concordar em todos os aspectos com ele e um deles eu me senti forçado a comentar. Em algum momento você diz que não é contra a tecnologia ou o dinheiro e, sim, contra o que eles trazem ou fazem, mas eu acredito que o culpado aí é o próprio homem. A sociedade atual está meio acostumada a projetar(projeção da psicologia mesmo) os seus problemas tentando se eximir da culpa e, nesse caso, dizemos que a culpa é do dinheiro/tecnologia. Entretanto, eu digo, a tecnologia é algo genial, o problema é o que as pessoas têm feito com ela. O mesmo vale para o dinheiro. O problema é o poder que as pessoas enxergam por trás dessas coisas e o que elas fazem para obter esse poder. Pode parecer meio simplista e até mesmo Hobbiano[sic], mas é apenas minha modesta opnião. Obrigado e continue escrevendo.

Paulo Victor disse...

Ao anônimo e a Gabriela.

Bom, vocês conseguiram entrar no real tópico que eu queria. O Homem. A base de toda e qualquer cultura é o homem.Sabendo disso e partindo do pressuposto que o Homem cria e modifica as coisas, podemos observar realmente, como vocês disseram, que tudo é manipulado pelo homem, dando assim um caráter bom ou não.

Infelizmente desde que o mundo é mundo, a maioria da humanidade não consegue manipular algo para o bem, mas sim para o lado negativo.

Escreverei mais sobre o bixo homem assim que possível.

Obrigado por comentarem e parabéns pela reflexão!